sábado, 8 de fevereiro de 2014

Nunca espere lógica em mim...
Sou abusada e permito bagunça nos meus dias.
Não gosto de mesmice, rotina, desleixo, não ignoro a falta de boas gargalhadas e não estou aí, para quem critica se sou neurótica ou certinha demais com algumas coisas. 
Não costumo falhar nos sentidos, mas sim, caio em contradição e adoro isso, me mostra o quanto a gente se engana tantas vezes e faz com que os erros diminuam ou aumentem, sei lá, essa vida é inusitada em demasia, como eu não seria?!
Sou filha do tempo e assim como ele controla o vento, faça chuva ou faça sol, sou tempestade de novidades, de momentos bobos – que seja comigo mesma- de gente que sai e entra num piscar e permanece se agregar, coisa que muitas vezes demorei detectar, mas no fim, todo mundo descobre o vespeiro que cada um contém dentro de si e hoje, sou reservada e não saio arreganhando abraços para o primeiro, meus braços cabem muitos, mas sou seletiva, sou de verdadeiros, sou de miudezas absurdas e poucos compreendem...
Se não tem jeito, invento, pinto asas nas costas e permito que o balanço da brisa, faça dança com o meu corpo inteiro e de degrau a degrau, vou subindo para o topo daquilo que para mim é essencial, independente de dinheiro, comodidades, versatilidades, ostentações, eu quero o que me permite liberdade, risos, delicadezas e exageros de verbos e predicados; alguns insistem que é ignorância, eu costumo chamar de autenticidade, gênio da onça de bom coração.
Não compactuo, não admito e não autorizo quem chega e faz graça com opiniões mal formadas, elaboradas em abuso ou muitas vezes com opiniões de terceiros...
Eu gosto é dessa gente que quer crescer comigo, que extrapola nos borrões das minhas desavenças e usa a sinceridade para dizer que sou doida, doída, mas que me ama com leveza...
De amores pendurados, o mundo anda arrotando desafetos e falsidades.

Simone Resende

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